O SANTO GRAAL – RAIO AZUL
MESTRE EL MORYA – 1º RAIO -AZUL – DOMINGO
O SANTO GRAAL
Mensagem de Artur – Morya Cavaleiro da Távola Redonda
Quem sabe o que é o Graal? Taça misteriosa núcleo de tantos sonhos e de tantas buscas, animação lendária de tantos contos. O que esconde este objeto que não sabemos bem se é uma essência, símbolo ou documento histórico?
Muitos, muitos poucos, responderam a estas questões que são tão incompreensíveis para a mente comum. No ocidente esta taça parece associada às tradições da cavalaria: ele é procurado pelos heróis mais finos, seres humanos puros e corajosos, animados de uma fé ardente que procuram um meio de salvação e de regeneração, talvez alquímica, para eles próprios e para o povo a que servem. Eles pensam que a taça recolheu o sangue de Cristo, outrora aí recolhido por José de Arimateia. Tudo o mais é lenda, esperança, heroísmo, ilusão e desilusão.
Os Cavaleiros da Távola Redonda, apesar do seu grande valor pouco sabem acerca do que buscam e muitos caem sob os golpes do inimigo. Golpes estes que constituem um misto de feitiçaria e de ferro e fogo, perpetrados por seres como a célebre Morgana traiçoeira apresentadora de falsos graais e ciladas assassinas.
Para lá das lendas o mistério permanece intacto, para o discípulo verdadeiro, um conteúdo: o que o Santo Graal representa é a necessidade da alma de lutar pela busca dos seus interesses enfrentando os obstáculos que fatalmente aparecem exigindo uma grande determinação e coragem, uma enorme pureza, uma persistência fundada na fé ardente, no amor e inspiração dos que servem a justas causas.
O Graal representa o néctar da alma; é como se ela nos dissesse ‘EU SOU a taça que recebe o sangue do Cristo. EU SOU a fonte de vida e o receptáculo da fonte que poderás encontrar pelo Amor e a Fé que ultrapassam todas as distâncias. Vem até mim pelo teu caminho e auxilia outros a fazê-lo também. EU SOU a taça de todos, presente onde quer que um discípulo me procure. EU SOU o receptáculo da Vida; materializo-me onde quer que isso se faça necessário e adoto a forma que melhor me reflete. EU SOU a união do céu e da terra; EU SOU o cálice continente do sangue Crístico. EU SOU a fonte que alimenta a Terra’.
Mas, quem a encontra? Somente os verdadeiros e raros heróis são os que encontram; os que se conquistam a si mesmos e os que amam os seus inimigos que também são seus mestres.
Discípulo EU já estou em ti; um dia me encontrarás como a flor encontra o sol que a nutre de luz. Então verás que a taça do Graal se alarga para que caiba toda a humanidade que servirá de cálice para outras evoluções; verás que vim das estrelas e a elas retornarei; que eu e o Cristo somos irmãos.
A mensagem está prestes a terminar e com ela um pequeno alento: lembrai-vos que certos textos têm o poder de transmitir nova luz sempre que são lidos. Na busca do Graal somos muitas vezes forçados a percorrer o mesmo caminho, à procura de novos indícios e teremos que lutar, cair e voltar a lutar incontáveis vezes retornando outras tantas ao caminho terrestre…
Pela espada com que lutareis e pelo escudo redondo com que vós defendereis recordando a Távola Redonda da comunhão fraterna pelo Cristo e pelo Amor, assino como aquele que fui outrora: ARTUR (MORYA)
Livro: Sementes e Pérolas do Jardim de El Morya